Volta, mas não fiques perto
Ouvi. Ouvi tudo o que disseste e imaginei o que querias dizer.
Imaginei e inventei todo um outro significado, no qual tu jamais pensaste.
Pensaste. Pensaste, mas não pensaste em mim.
Não pensaste em mim, mas disseste que o fizeste.
Disseste, mas claro que não o querias dizer.
Não o querias dizer, porque eu não podia acreditar que o quisesses dizer. Não era possível, se tantas vezes me prometeste o contrário.
Prometeste. Mas quem promete esquece.
Esqueceste e deixaste-me aqui.
Deixaste-me, mas dizes que estás sempre aí.
Estás sempre aí, mas nunca perguntas.
Nunca perguntas e, quando eu pergunto, apenas respondes. Não perguntas e, se perguntasses, eu não responderia.
Não respondo e, lentamente, quem te afasta sou eu.
Sou eu, mas sou eu que não deixei de te querer.
Quero-te, mas não consigo passar por tudo outra vez.
Não consigo, mas passava.
E para passar, basta falares, que eu ouço.
Ouço. Ouço tudo o que dizes e fico eternamente a imaginar o que queres dizer.
Por tua causa, sento-me no lugar do comboio que olha o horizonte que se afasta. E o que vejo, não desaparece, apenas se afasta mais e mais... Porque não consigo virar-me para o horizonte que ainda está por vir?
Sei que tu estás umas carruagens à minha frente, a olhar o teu destino. E sei que esse destino não sou eu.
No fundo, também sei que não esqueces o que deixas para trás. Mas gostava que o lembrasses mais vezes.
Foi bom, não foi?
Vi o tempo passar, mas não me apercebi da passagem do tempo.
Gostava que voltasses.
Que voltasses, mas que ficasses bem longe. Não te quero perto de mim.
Perto de mim fazes-me mal. Sai.
Perto de mim far-me-ias bem. Volta.
Quero-te aqui e quero-te do outro lado do mundo.
Quero ver-te todos os dias, mas, sempre que te vejo, perco parte de mim.
Sinto tanto a tua falta, que desejo constantemente que faltes.
Sai. Sai de mim. Mas volta, que eu estou sempre aqui.
Imaginei e inventei todo um outro significado, no qual tu jamais pensaste.
Pensaste. Pensaste, mas não pensaste em mim.
Não pensaste em mim, mas disseste que o fizeste.
Disseste, mas claro que não o querias dizer.
Não o querias dizer, porque eu não podia acreditar que o quisesses dizer. Não era possível, se tantas vezes me prometeste o contrário.
Prometeste. Mas quem promete esquece.
Esqueceste e deixaste-me aqui.
Deixaste-me, mas dizes que estás sempre aí.
Estás sempre aí, mas nunca perguntas.
Nunca perguntas e, quando eu pergunto, apenas respondes. Não perguntas e, se perguntasses, eu não responderia.
Não respondo e, lentamente, quem te afasta sou eu.
Sou eu, mas sou eu que não deixei de te querer.
Quero-te, mas não consigo passar por tudo outra vez.
Não consigo, mas passava.
E para passar, basta falares, que eu ouço.
Ouço. Ouço tudo o que dizes e fico eternamente a imaginar o que queres dizer.
Por tua causa, sento-me no lugar do comboio que olha o horizonte que se afasta. E o que vejo, não desaparece, apenas se afasta mais e mais... Porque não consigo virar-me para o horizonte que ainda está por vir?
Sei que tu estás umas carruagens à minha frente, a olhar o teu destino. E sei que esse destino não sou eu.
No fundo, também sei que não esqueces o que deixas para trás. Mas gostava que o lembrasses mais vezes.
Foi bom, não foi?
Vi o tempo passar, mas não me apercebi da passagem do tempo.
Gostava que voltasses.
Que voltasses, mas que ficasses bem longe. Não te quero perto de mim.
Perto de mim fazes-me mal. Sai.
Perto de mim far-me-ias bem. Volta.
Quero-te aqui e quero-te do outro lado do mundo.
Quero ver-te todos os dias, mas, sempre que te vejo, perco parte de mim.
Sinto tanto a tua falta, que desejo constantemente que faltes.
Sai. Sai de mim. Mas volta, que eu estou sempre aqui.
Sempre que te leio, leio sempre de novo. Sempre que quero chegar ao complexo profundo em que escreves tenho que despir-me do supérfluo. Preciso mergulhar nas tuas palavras, afundar-me nos teus sentimentos para entender. E acho que entendo.... pois poderia continuar a tua história.
ResponderEliminarVai.... volta.... quero, afasto, amo, odeio. Tudo isso no peito, num eterno cocktail de sensações, emoções e gritos.
Pára!!!! Centra-te no teu ser. Tu sabes o que queres. Sempre soubeste. Apenas tens que te deixar ouvir. Ouves e nao ouves, mas tu estás sempre lá.
Deixa seguir esse comboio.... irás parar em muitas estações.... cada uma delas irá desaparecer no horizonte.... mas deixa que cada uma delas te dê uma memória. Pequena. Grande. Qualquer coisa! Virá sempre outra. E disso se faz a vida: de memórias que nos impelem a seguir.
Na carruagem à frente... alguém te espera...esperando que nunca chegues ou na de trás alguém espera encontrar-te, não sabendo que estás tão perto.
Segue essa viagem nesse cockatil de sabores que a vida te oferece. Prova-o, embriaga-te nele....
Algures..... estarei por perto.... talvez nesse comboio em que segues....ou numa qualquer estação por onde ainda possas passar.