O dia hoje parece bonito , mas sei que se sair de casa vai estar um frio absolutamente ridículo. Não, isto não quer dizer nada nem tem interpretações a ser feitas, simplesmente é assim: está frio. Que chatice essa de andar sempre a dar sentidos e mais sentidos a isto ou àquilo. Às vezes quando digo que o céu está azul, simplesmente significa que o céu está azul. Quero lá saber de quem lê isto ou deixa de ler, quero lá saber do que eu escrevo! Nada disto vai mudar alguém ou alguma coisa. Talvez tenha efeito durante uns segundos, mas uns minutos depois já quem sentiu se esqueceu. E que me importa a mim se sentem ou não? Que lhes importa a eles? Acho que às vezes há um certo encanto em não dizer nada de jeito. Vejo Arte naqueles diálogos onde as palavras são faladas, mas o conteúdo mal existe. Vejo-A também nas pinturas que não entendo e que me fazem rir por não fazerem sentido, ou nas pessoas que olham pela janela do carro e não pensam em nada. E isto aplica-se a tudo, o doce sabo...
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A mostrar mensagens de janeiro, 2019
Sonhos de luz
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Um dia, dei por mim às escuras. Não me lembro se estava assim há muito tempo, mas só reparei naquela altura. Pensei um pouco no que fazer. Devia ter guardado a lanterna que me tinham dado uns tempos antes, pensei, apesar de gostar do conforto de não ver o que me espera. Sem fazer por isso, tropecei no que parecia ser um candeeiro. Decidi não pensar muito e experimentei acendê-lo. Nesse dia, comecei a andar, porque me parecia que agora que tudo via, mais ainda queria ver, e esqueci-me de apagar a luz (esqueci-me que os meus olhos também sabem ver sem ela); quando me lembrei, já tinha perdido o caminho de volta. [Quem me dera que a apagasses por mim.] Finalmente dei a volta ao mundo inteiro e voltei ao mesmo sítio. E bem que demorou... o único problema é que agora já não havia interruptor, só um candeeiro a dar luz sem permissão nem vontade e eu não tinha forma de o desligar. Exausta, decidi sentar-me ao lado dele, para ver se me aquecia, já que tudo de repente tinha ficado tão frio...