O dia hoje parece bonito, mas sei que se sair de casa vai estar um frio absolutamente ridículo. Não, isto não quer dizer nada nem tem interpretações a ser feitas, simplesmente é assim: está frio. Que chatice essa de andar sempre a dar sentidos e mais sentidos a isto ou àquilo. Às vezes quando digo que o céu está azul, simplesmente significa que o céu está azul.
Quero lá saber de quem lê isto ou deixa de ler, quero lá saber do que eu escrevo! Nada disto vai mudar alguém ou alguma coisa. Talvez tenha efeito durante uns segundos, mas uns minutos depois já quem sentiu se esqueceu. E que me importa a mim se sentem ou não? Que lhes importa a eles?
Acho que às vezes há um certo encanto em não dizer nada de jeito. Vejo Arte naqueles diálogos onde as palavras são faladas, mas o conteúdo mal existe. Vejo-A também nas pinturas que não entendo e que me fazem rir por não fazerem sentido, ou nas pessoas que olham pela janela do carro e não pensam em nada. E isto aplica-se a tudo, o doce sabor ocasional de não ter profundidade, não ter nada, ser só aparência e falatório. Arte é o que eu quiser.
Também não sei porque é que andamos sempre a inventar que o sítio ideal para pensar é a ver o céu ou sentados num banco de jardim. Parece-me isto uma bela estupidez. Somos assim tão limitados? Eu cá penso perfeitamente bem em qualquer sítio, o que é profundamente irritante. (Dois advérbios acabados em “mente” numa só frase, será preciso analisar a repetição do sufixo? E nem sei se é sufixo, as regras da gramática transcendem-me, mas respondo já que não, não é para analisar. Se estou a ouvir o vento nas árvores, então estou a ouvir o vento nas árvores. Acabou. Não há cá sentimento nenhum, só constatei o óbvio. Será que esses que analisam nunca ouviram o som do vento? Não entendo.) Até acho que, quando dizemos que estamos a pensar, é quando não o estamos a fazer. Se escrevo que penso, não penso em mais nada além do que escrevo, fim da história.
Hoje decidi sair de casa e, como disse, está um frio desgraçado. Encontrei o meu amigo Álvaro no café da esquina e ele lá me mostrou os seus devaneios do dia anterior, que li e que não fizeram sentido nenhum. Isto sim é Arte. Ia mostrar-lhe umas coisas minhas, mas roubou-me a caneta e começou logo a criar qualquer coisa no guardanapo, onde não chega a censura.
Ao menos fala comigo e não me diz nada, isso é que se quer em dias como este. E que me importa a mim se faz sentido?
Quero lá saber de quem lê isto ou deixa de ler, quero lá saber do que eu escrevo! Nada disto vai mudar alguém ou alguma coisa. Talvez tenha efeito durante uns segundos, mas uns minutos depois já quem sentiu se esqueceu. E que me importa a mim se sentem ou não? Que lhes importa a eles?
Acho que às vezes há um certo encanto em não dizer nada de jeito. Vejo Arte naqueles diálogos onde as palavras são faladas, mas o conteúdo mal existe. Vejo-A também nas pinturas que não entendo e que me fazem rir por não fazerem sentido, ou nas pessoas que olham pela janela do carro e não pensam em nada. E isto aplica-se a tudo, o doce sabor ocasional de não ter profundidade, não ter nada, ser só aparência e falatório. Arte é o que eu quiser.
Também não sei porque é que andamos sempre a inventar que o sítio ideal para pensar é a ver o céu ou sentados num banco de jardim. Parece-me isto uma bela estupidez. Somos assim tão limitados? Eu cá penso perfeitamente bem em qualquer sítio, o que é profundamente irritante. (Dois advérbios acabados em “mente” numa só frase, será preciso analisar a repetição do sufixo? E nem sei se é sufixo, as regras da gramática transcendem-me, mas respondo já que não, não é para analisar. Se estou a ouvir o vento nas árvores, então estou a ouvir o vento nas árvores. Acabou. Não há cá sentimento nenhum, só constatei o óbvio. Será que esses que analisam nunca ouviram o som do vento? Não entendo.) Até acho que, quando dizemos que estamos a pensar, é quando não o estamos a fazer. Se escrevo que penso, não penso em mais nada além do que escrevo, fim da história.
Hoje decidi sair de casa e, como disse, está um frio desgraçado. Encontrei o meu amigo Álvaro no café da esquina e ele lá me mostrou os seus devaneios do dia anterior, que li e que não fizeram sentido nenhum. Isto sim é Arte. Ia mostrar-lhe umas coisas minhas, mas roubou-me a caneta e começou logo a criar qualquer coisa no guardanapo, onde não chega a censura.
Ao menos fala comigo e não me diz nada, isso é que se quer em dias como este. E que me importa a mim se faz sentido?
Totalmente de acordo!!!!!!
ResponderEliminarÉ absolutamente irritante quando se espera que tudo tenha sentido… ou um segundo sentido.
As coisas, muitas vezes, são o que são! Básicas! Sem floreados! Isso… é o que se inventa para tornar a vida mais interessante.
A Arte, como lhe chamas, é a capacidade de achar interesse no desinteressante sem ter que inventar cor para o preto e branco.
Gosto da tua simplicidade e capacidade de simplesmente seres! (cá está… duas palavras semelhantes na mesma frase…. Que horror!!!!!)
Bruta, sensível, básica, elaborada, trágica, subtil….
Assumindo, sem preconceito, o que te apetece ser no momento.
Tudo isso, com ou sem sentido.
Na verdade… o que importa?
E se importa…. deixa importar!